segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Com ou sem aumento, que pode ser votado nesta terça, dia 20, vereadores já perderam batalha com opinião pública

Enfrentando campanhas como a da Minha Sampa ("Aumento Não"), além de correntes e mensagens compartilhadas nas redes sociais, os vereadores já perderam a batalha midiática com relação ao aumento dos próprios salários para os próximos quatro anos.

Incapazes de justificar que se trata simplesmente da reposição da inflação do último quadriênio e de explicar didaticamente o porquê desse reajuste de 26,3%, vão sofrer novo desgaste ao pautar outra vez o assunto nesta terça-feira, dia 20.

Na sexta-feira passada esse foi um dos entraves para a aprovação do Orçamento de 2017 e o início do recesso parlamentar. Não houve quorum para aprovar o reajuste após o vereador Toninho Vespoli (PSOL) pedir uma votação nominal e expor a posição individual dos colegas. Houve constrangimento diante das galerias lotadas que se manifestaram contra o aumento. Alguns vereadores considerados favoráveis ao reajuste simplesmente não votaram.

É importante esclarecer: os vereadores ganham atualmente R$ 15.031,76 brutos (ou aproximadamente R$ 11.500,00 líquidos). Com o reajuste previsto pelo projeto da Mesa Diretora da Casa, o salário dos 55 parlamentares subiria para R$ 18.991,68 brutos, valor fixado para toda a próxima legislatura (de 2017 a 2020).

O teto salarial dos vereadores, estabelecido pela Constituição Federal numa escala comparativa com o salário dos deputados estaduais e deputados federais, atualmente é de pouco mais de R$ 21 mil. Ou seja, mesmo com o reajuste, os vereadores paulistanos receberiam cerca de 11% abaixo do teto.

Outro detalhe: o salário dos vereadores atualmente é bem menor que o dos próprios chefes de gabinete. Parece incoerente, não? Mas, enfim...

Enquanto isso, a campanha nas redes afirma o seguinte:
A qualquer momento os vereadores de São Paulo irão tentar novamente votar um aumento em seus PRÓPRIOS salários, que passaria de R$ 15 mil para quase R$ 19 mil e traria um gasto extra de R$ 10,4 milhões aos cofres públicos nos próximos 4 anos. 
De um lado, crise econômica, desemprego e cortes drásticos nos gastos públicos. De outro, vereadores colocando mais uma vez o interesse pessoal acima do interesse público.

Precisamos agir agora! Ou veremos mais uma bolada em dinheiro público não sendo revertida em serviços para a população. E agora é a hora: se fizermos muita #pressão, os vereadores não votarão o reajuste essa semana e o salário que receberão nos próximos 4 anos, pela lei, fica como está. 
Assine já e chame todo mundo. Pressão neles!