quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Mercadão e Anhembi travam aprovação do pacote de desestatização do prefeito João Doria na Câmara Municipal de São Paulo

Voltam à pauta nesta quinta-feira, 21 de setembro, o PL 367/2017, para segunda e definitiva votação, que disciplina as concessões e permissões de serviços, obras e bens públicos que serão realizadas no âmbito do Plano Municipal de Desestatização – PMD; e, em primeira votação, o PL 582/2017, que autoriza a privatização da São Paulo Turismo, que cuida do complexo do Anhembi, incluindo o sambódromo, o palácio de convenções, o pavilhão de exposições, o auditório Elis Regina e a nova arena para shows.

Nesta quarta-feira, em 1ª votação, por 50 votos favoráveis e nenhum contrário, foi aprovado apenas o PL 516/2017, que dispõe sobre o reajuste de abonos e salários dos profissionais de educação, uma reivindicação do vereador Claudio Fonseca (PPS), professor e presidente do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), para a categoria.

Após manifestação de permissionários dos mercados e sacolões municipais, ficou estabelecido que esses locais seriam retirados do projeto genérico de desestatização, que trata de parques, praças e terminais de ônibus, entre outros equipamentos municipais. Tenta se buscar um acordo que atenda os atuais permissionários sem inviabilizar os interesses da Prefeitura, que tinha o Mercado Municipal da região central, conhecido como "Mercadão", como carro-chefe do pacote de privatizações.

Tanto o Mercadão como o Anhembi estão travando a aprovação do projeto do prefeito João Doria (PSDB), com a oposição pontual de vereadores da própria base governista e os vereadores que se reúnem num "centrão" remodelado, que vem sendo chamado de "centrinho" ou "grupo dos 18".