quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Vereadores retornam do recesso de julho sob pressão

No retorno ao plenário após o recesso de julho, os vereadores paulistanos já chegam pressionados por movimentos de moradia, presentes nas galerias da sessão de abertura do segundo semestre nesta quarta-feira, 1º de agosto, e pelos servidores públicos que ameaçam retomar a série de manifestações e greves contra a reforma previdenciária municipal, que volta a ser discutida e deve ser reapresentada como prioridade da gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) e da base liderada pelo presidente da Câmara de São Paulo, vereador Milton Leite (DEM).

A primeira sessão extraordinária após o recesso será convocada apenas para a próxima quarta-feira, 8 de agosto. Até lá, as bancadas vão tentar chegar a algum consenso mínimo sobre o que votar nas próximas semanas e como será o ritmo das sessões. Não vai ser fácil fechar grandes acordos em ano eleitoral, com interesses opostos em jogo, mas será um bom teste para atualizar o tamanho e a unidade da maioria governista.

Hoje foi dia também do balanço oficial do primeiro semestre. A assessoria de imprensa da presidência soltou um release com números positivos do trabalho realizado pela Câmara antes do recesso de julho. Foram 130 Projetos de Lei aprovados e enviados para sanção ou veto do Executivo, duas novas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI dos Valets e CPI da Dívida Pública), 94 reuniões ordinárias e 24 extraordinárias das Comissões Permanentes, 50 audiências públicas e 3.771 atendimentos na Ouvidoria do Legislativo.

Mas será que esses números impressionam a população? A julgar pelas opiniões registradas na página Câmara Man, não muito. Vamos acompanhar o andamento dos trabalhos neste segundo semestre, com o início da campanha eleitoral e uma série de vereadores candidatos a outros cargos, de deputados estaduais, federais e senadores.