Em uma solenidade de posse sem grandes emoções, quem roubou a cena involuntariamente foi um fotógrafo com trânsito livre no plenário, enquanto toda a imprensa (fotógrafos, repórteres e cinegrafistas) se exprimia num espaço restrito, cercado por grades e apelidado espirituosamente de "chiqueirinho".
Se não bastasse o livre acesso, o fotógrafo ainda se posicionava na frente dos principais personagens nos momentos mais importantes, como a assinatura de posse do prefeito João Doria e do vice Bruno Covas.
Impacientes com a presença incômoda do colega, atrapalhando a captação de imagens, fotógrafos e câmeras começaram pedindo calmamente que ele não ficasse na frente. Mas o nível de paciência e civilidade foi diminuindo... (rs)
"Fotógrafo, ô fotógrafo!". "Fotógrafo, dá licença!". "Ô fotógrafo, sai da frente!". "Pô, careca, c***!"
De resto, outro fato que merece registro foi o lançamento dos candidatos de si mesmos à presidência da Mesa Diretora da Câmara Municipal. Para marcar posição, Sâmia Bonfim (PSOL), Janaína Lima (Novo) e Mário Covas Neto (PSDB) se lançaram à presidência da Casa mesmo sabendo que Milton Leite (DEM) seria eleito com facilidade.
O que chama mais atenção é a situação de Covas Neto, que é filho do ex-governador Mario Covas e presidente municipal do PSDB: ele ficou completamente isolado na bancada. Os outros 10 vereadores tucanos optaram por Milton Leite, que participou da coligação que ajudou a eleger o prefeito João Doria.
Diz-se que Covas pode agora assumir uma Secretaria no governo Alckmin. De todo modo foi uma derrota bastante emblemática. O racha tucano ficou exposto publicamente.