sexta-feira, 21 de julho de 2017

Projeto de Lei que cria cotas raciais e étnicas nos conselhos paulistanos, mal explicado, repercute mal nas redes sociais

Em pleno recesso parlamentar, uma divulgação nas páginas da Câmara Municipal de São Paulo vem causando verdadeiro furor na internet: trata-se do PL 187/2017, que propõe a criação de cotas étnicas e raciais em espaços de participação e controle social da cidade, ou de "poder e decisão", como justifica o projeto de autoria do vereador Eduardo Suplicy (PT), que tem como coautores Isa Penna (PSOL), Eduardo Tuma (PSDB), Sâmia Bomfim (PSOL) e Toninho Vespoli (PSOL).

Se aprovada, a nova lei (uma cota de 25% para negros e índios na composição de todos os conselhos municipais) valeria para qualquer situação que envolva a participação popular como, por exemplo, os conselhos de Saúde e de Educação da cidade de São Paulo.

Porém, ao noticiar que "PL quer criar cotas raciais e étnicas na Câmara e conselhos", a publicação oficial do Legislativo paulistano mais confunde do que explica. Esse "na Câmara" - equivocado, diga-se - foi fatal.

A (des)informação piora ao postar que "na justificativa do projeto, dados de 2016 mostram que os negros ainda representam a minoria dos candidatos a vereador e prefeito. Dos 5.496 prefeitos eleitos, 70,2% são brancos e 29% negros, incluindo todos aqueles que se autodeclaram de cor preta (1,6%) e parda (27,4%)."

Ou seja, a leitura da nota com esse trecho mal explicado "na Câmara e conselhos" faz crer que pode haver cotas até para a eleição de vereadores. Era só o que faltava!!! O projeto não trata nada disso, mas vai explicar que focinho de porco não é tomada... A reação dos internautas ao  projeto, como se vê no print abaixo, não foi das mais tolerantes e receptivas.