terça-feira, 22 de novembro de 2016

Falta de quórum e mais "supersalários": cadê os vereadores?

Depois de uma segunda-feira excepcionalmente agitada, por conta de audiências públicas temáticas do Orçamento, a terça-feira voltou à rotina na Câmara Municipal de São Paulo: por falta de quorum não houve sessão.

São necessários 19 vereadores para abrir as sessões ordinárias de terças, quartas e quintas-feiras, ou 28 vereadores para garantir alguma votação nas sessões extraordinárias. Mas, às 15h, apenas 12 parlamentares (de um total de 55) registraram presença em plenário - o que derrubou a ordem do dia.

A Globo voltou a atacar no mesmo tema da véspera:
Chaveiro e garçom ganham salário acima de R$ 14 mil na Câmara de SP

Vamos repetir o que dissemos ontem: sem dúvida, é escorchante ver funcionários como engraxates, chaveiros, garçons, ascensoristas e garagistas ganhando salários maiores que professores da rede pública, para ficar em um único exemplo. Mas isso não é privilégio dos funcionários da Câmara Municipal. O problema é muito mais complexo e necessita de amplas reformas (do funcionalismo, do Estado, da Previdência etc.). A estabilidade do funcionalismo público é uma garantia constitucional. 

O debate é salutar. A transparência, idem. Vamos ver se avançamos para uma solução viável e eficaz, em vez de só ficar requentando esse assunto na imprensa, de tempos em tempos.