terça-feira, 7 de março de 2017

No retorno pós-Carnaval, vereadores recebem o prefeito João Doria para reunião e debatem o que podem votar na sessão de quarta

Cumprindo a promessa que fez aos vereadores paulistanos desde antes da posse, o prefeito João Doria (PSDB) compareceu mais uma vez à Câmara Municipal de São Paulo para dialogar sobre a gestão da cidade e a relação entre o Executivo e o Legislativo, essencial para consolidar a imagem do prefeito como gestor competente e trabalhador.

Entre os projetos que serão encaminhados para apreciação dos vereadores estão mudanças nas regras da poda de árvores, por exemplo, assunto tratado como emergencial pela Prefeitura, e o pacotão da privatização e concessão de equipamentos municipais, como o autódromo de Interlagos, o complexo do Anhembi, o estádio do Pacaembu, parques, mercados municipais e até mesmo o serviço funerário.

O líder do PT, vereador Antonio Donato, reclamou da falta de informação com relação aos projetos do Executivo a serem votados na Câmara. Referiu-se especialmente a este projeto da poda de árvores. O que se entende da intenção do governo é uma espécie de "privatização" da poda, transferindo a cada morador a responsabilidade (e o custo) que hoje cabe ao poder público. Foi lembrado que a ocasião para discutir o assunto seria exatamente a reunião do prefeito Doria com os vereadores, mas o petista se negou, alegando que não se reúne com o prefeito em protesto ao "desrespeito" de Doria com o ex-presidente Lula.

Sessões de quarta e quinta

Volta ao trabalho em plenário, de fato, está prevista somente para esta quarta-feira, 8 de março, quando deverá ser votada uma pauta de projetos de vereadores, limitada a honrarias e denominações (de acordo com a "lista de débitos e créditos", como se refere o presidente da Câmara, vereador Milton Leite, ao acordo informal de se aprovar uma cota idêntica de projetos por parlamentar).

Também há intenção de derrubar alguns vetos e aprovar o projeto da poda de árvores. Mais uma vez querendo polemizar, Donato sugeriu derrubar o veto a um projeto do tucano Mario Covas Neto, que previa bilhete único gratuito para os desempregados e foi vetado pelo prefeito Fernando Haddad, do mesmo PT de Donato, por criar indevidamente despesas para o Executivo.

A sessão de quinta-feira, dia 9, será a tradicional homenagem das bancadas às suas indicadas pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado na véspera.