Vem aí uma semana beeeem quente dentro do ninho tucano para definir os rumos do PSDB e a sua composição com a base governista do futuro prefeito João Doria na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo: o partido que está cada vez mais partido vai tomar partido de quem, afinal?
Com duas reuniões agendadas, da Executiva e do Diretório Municipal, o partido vai ter que optar entre confirmar o apoio ao vereador Milton Leite (DEM) ou enquadrar a bancada e seguir a tese do seu presidente municipal, o também vereador Mario Covas Neto (hoje voz isolada), que defende que o presidente da Casa deve necessariamente ser um nome do maior partido na futura legislatura: o PSDB, com seus 11 eleitos.
A crise ronda o PSDB paulistano e repete o racha que vem desde o nacional, já antecipando a eleição presidencial de 2018. Mas, afinal, vamos falar de 2017 e nos restringir à Câmara de São Paulo. O que poderá vir por aí?
Eis os cenários possíveis:
1) O PSDB pode desautorizar a bancada e fechar questão em uma candidatura própria para a Mesa Diretora da Câmara, como quer seu presidente, Mario Covas Neto. Como vão reagir os outros vereadores, dentro e fora do PSDB? Tucanos vão aceitar calados a ordem imposta? Os aliados vão abandonar Milton Leite?
2) O PSDB pode endossar o desejo da maioria da bancada e apoiar a candidatura do aliado Milton Leite. Aí quem fica em saia justa é Mario Covas Neto, presidente municipal isolado e derrotado na tese de defesa do partido.
3) Começam a surgir propostas para uma saída honrosa de todos: o PSDB seguiria no apoio a Milton Leite, enquanto Mario Covas Neto seria "promovido" a líder do governo Doria ou até mesmo a secretário estadual dos Transportes no governo Alckmin, além de futuro coordenador da campanha presidencial do governador em 2018.
4) Há ainda outra possibilidade, ouvindo a voz das redes e das ruas: na atual montagem de uma chapa de consenso para a Mesa Diretora, a presidência fica com Milton Leite, a vice-presidência com um vereador do PSDB e a 1ª secretaria, o segundo cargo em importância na Casa, ficaria com um vereador do PT. Aí que está! Começa a ganhar corpo a movimentação para o deslocamento do PSDB para a 1ª secretaria e o PT para a vice, ou até mesmo para fora da Mesa, numa solução mais radical de #ForaPT e apaziguamento tucano. E por que não?