A Câmara Municipal de São Paulo deve aprovar uma CPI idêntica - ou complementar, segundo os vereadores - à recém encerrada CPI dos Grandes Devedores. Também sob a presidência do vereador Eduardo Tuma (PSDB), que comandou a anterior, o objetivo desta é dar continuidade ao levantamento e à cobrança das grandes empresas que estão em débito com a cidade.
O próprio Tuma explica: como já venceu o prazo máximo da CPI inicial, inclusive com uma prorrogação permitida regimentalmente, aprova-se outra CPI igual, driblando o impedimento legal.
Outras duas propostas seguem na fila: uma do vereador Claudio Fonseca (PPS), tenta emplacar a CPI da Terceirização da Educação, para investigar os convênios firmados no ensino municipal. Outra caberia à oposição, por entendimento entre as bancadas. Ao ser informado pelo líder Antonio Donato que o PT pretende aprovar uma CPI da Máfia da Cidade Limpa, o presidente da Casa, vereador Milton Leite (DEM), apressou-se em dizer que não há acordo.
Portanto, mais uma semana começa como terminaram as últimas: sem quórum para votar absolutamente nada. A pauta também segue travada por um projeto do vereador Reis (PT), que propõe uma homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva na denominação de uma prolongamento da avenida Chucri Zaidan, na zona sul. O presidente quer tirar da pauta. A bancada petista, levar o projeto a votos - e, aprovado simbolicamente ou rejeitado, que o prefeito João Doria (PSDB) assuma o ônus pela sanção ou veto. Ninguém cede um passo e nada anda.