terça-feira, 18 de abril de 2017

Vereador espírita acusa intolerância da bancada evangélica

Na aprovação em segunda e definitiva votação, nesta terça-feira, 18 de abril, do seu Projeto de Lei 63/2017, que insere o "Dia da Procissão de Xangô" no Calendário Oficial da Cidade de São Paulo, o vereador Quito Formiga (PSDB) acusou de "intolerância religiosa" os vereadores que compõem a chamada "bancada evangélica" da Câmara Municipal.

O acordo em plenário era aprovar por votação simbólica um pacote de homenagens e denominações de autoria dos vereadores, mas, assim como já havia ocorrido na primeira votação, o projeto de Quito Formiga teve a manifestação de 10 votos contrários, principalmente de parlamentares evangélicos presentes à sessão.

Votaram contra os vereadores Eduardo Tuma (PSDB), Gilberto Nascimento (PSC), David Soares (DEM), Rute Costa (DEM), Isac Felix (PR), João Jorge (PSDB), Atílio Francisco (PRB), Ricardo Nunes (PMDB), André Santos (PRB) e Toninho Paiva (PR). 

O vereador Quito Formiga manifestou a sua discordância com os colegas: 

"Sr. Presidente (Milton Leite), em primeiro lugar quero agradecer à V.Exa. e ao Sr. Secretário, nobre Vereador José Police Neto, pela apreciação do projeto de minha autoria, mas gostaria de fazer uma declaração.

Percebi que a bancada dos vereadores evangélicos declarou voto contrário ao meu projeto. Queria esclarecer que nós, umbandistas e espíritas, não praticamos nenhum ato de intolerância religiosa. E o que aconteceu aqui foi um ato de intolerância religiosa.

Então, somente queria deixar registrado isso, Sr. Presidente. E dizer que não votarei contrariamente a nenhum projeto dessa bancada, da bancada evangélica, porque eu respeito todas as práticas religiosas em nossa cidade."



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