Além dos problemas domésticos, típicos de arrumação da casa nova com briga pela ocupação dos espaços, fatores externos certamente vão influenciar no clima das sessões: o episódio do "fim da cracolândia", anunciado pelo prefeito em ação conjunta com o governador Geraldo Alckmin, e a onda do #ForaTemer que domina o país ameaçam travar a pauta mais uma vez.
A intenção do governo é aprovar em primeira votação o PPI - Programa de Parcelamento Incentivado, que autoriza o parcelamento de dívidas de quem não pagou taxas e impostos municipais, como o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), até dezembro de 2016.
Na pauta das sessões extraordinárias retornam projetos polêmicos que chamamos a atenção por aqui na semana passada, como o Dia do Nascituro, uma ode anti-abordo, e o estabelecimento de cotas para negros e índios nos conselhos municipais, entre outros que também deverão ser apreciados em primeira votação, além de homenagens, denominações e a criação de uma infinidade de frentes parlamentares, com objetivos e resultados duvidosos.
Quer alguns exemplos, só na pauta desta terça-feira? Vamos lá: Frente Parlamentar pela Nova Política; Frente Parlamentar Cristã em Defesa da Família; Frente Parlamentar da Habitação e do
Desenvolvimento Urbano; Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento e Atividade Econômica da Zona Leste da Cidade de São Paulo; Frente Parlamentar de Prevenção e Combate ao Câncer; Frente Parlamentar do Empreendedorismo e de Defesa das Microempresas, das Empresas de Pequeno Porte, dos
Microempreendedores Individuais e das Cooperativas; Frente Parlamentar pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas... Ufa!
À esquerda e à direita, projetos polêmicos se somam ao embate político na base governista, travam pauta da semana na Câmara e deixam sessões sem quorum para votação