Entre as ilegalidades apontadas pelo vereador, ele garante que há indícios de que boxes no local comercializam até armas de fogo, entre outras reclamações de comerciantes contra o Consórcio SP, empresa vencedora de licitação realizada na gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) para gerir o espaço.
“São 4.200 pessoas que estão pagando R$ 900 por mês e simplesmente não estão vendo nada. Foram obrigadas a alugar boxes do lado de fora da feira”, disse o petebista após a aprovação da CPI. Para começar a funcionar, os integrantes da comissão devem ser indicados pelas bancadas ao longo das próximas sessões plenárias.
Os vereadores Eduardo Suplicy (PT) e Claudio Fonseca (PPS) reclamaram da forma que a instalação da CPI foi conduzida pelo vereador Eduardo Tuma (PSDB), vice-presidente da Casa e que estava presidindo a sessão. Segundo os parlamentares, a leitura foi atropelada e não houve nenhum esclarecimento sobre a votação, nem destaque sobre o requerimento de preferência.
O líder do PT, vereador Antonio Donato, reclamou ainda que a CPI foi aprovada sem que houvesse acordo para essa votação simbólica no chamado "colégio de líderes", como é praxe.
Esse tipo de reclamação - de que os acordos não estão sendo cumpridos - vem se repetindo nas últimas semanas. O líder do PSD, Police Neto, por exemplo, quer votar o Estatuto do Pedestre e reclama que a Câmara tem privilegiado demais as pautas do Executivo, descumprindo acordos entre os vereadores e deixando de apreciar projetos que estão pautados há muito tempo.
Também há uma chiadeira muito grande contra os vetos do prefeito João Doria (e até mesmo no curto período do presidente da Câmara, vereador Milton Leite, como prefeito interino por cinco dias) a projetos que haviam sido acordados com o líder do governo, Aurélio Nomura (PSDB). Um foco de crise está instalado na base governista e nota-se uma queda de braço entre pequenos grupos, com o surgimento de um "centrinho" - o antigo "centrão" de outras épocas em nova versão, reunindo vereadores do PMDB, PR, PSB, PTB, PRB, PSD e outros, que podem pressionar o governo a atender seus interesses e negociam pontualmente o voto nos projetos do Executivo.