Num dia em que diversas homenagens e datas comemorativas (28, para ser mais exato) foram aprovadas por votação simbólica (do dia do vendedor de consórcio à rua com nome do pai homônimo de vereador), a pauta travou na hora de apreciar a proposta de um "Dia de Visibilidade Lésbica".
O projeto foi adiado pelo vereador Eduardo Tuma, vice-presidente da Câmara, que presidia a sessão. Ligado à bancada evangélica, normalmente o tucano atua contra projetos ligados à temática da diversidade ou contra qualquer outra iniciativa que possa ser questionada pelo eleitorado mais conservador.
Dia desses, Tuma também pediu a retirada de matéria no facebook oficial da Câmara que divulgava um projeto do seu colega de partido, vereador Aurélio Nomura (PSDB), que é inclusive o líder do governo na Casa.
Para Tuma, o link apontava para um conteúdo indesejável: o PL 261/2014, que determina que pessoas que mantêm união estável homoafetiva poderão se inscrever nos programas de habitação popular da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) como entidade familiar. Uma afronta às mentes tacanhas; sujeita, portanto, à censura!